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      Bepe Damasco

      Jornalista, editor do Blog do Bepe

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      Pesquisa Quaest: bala de prata contra o governo fracassou

      "Embora traga dados negativos e preocupantes, o levantamento do Quaest está longe de indicar a situação de terra arrasada alardeada", escreve Bepe Damasco

      Lula no Nordeste (Foto: RICARDO STUCKERT)

      A expectativa eufórica do mercado financeiro e da imprensa comercial era de que as fraudes no INSS, exploradas a exaustão, teriam um efeito devastador para o governo Lula já na pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4).

      Mas a bala de prata que liquidaria de vez o governo fracassou.

      Ao fim e ao cabo, o resultado é frustrante para o antilulismo: depois de tanto estardalhaço, a aprovação ao governo variou dentro da margem de erro, caindo um ponto percentual, de 41%, na pesquisa feita no fim de março, para 40% agora.

      A desaprovação também se manteve estável e se situou nos limites na margem de erro, que no levantamento do Quaest, para esse quesito, é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ando de 56% para 57%.

      Claro que os veículos de comunicação capricham nas manchetes negativas para o governo. Ao longo do dia e da semana análises catastróficas estarão na ponta da língua dos profissionais da GloboNews.

      Faz parte do jogo, não se poderia esperar nada diferente mesmo.

      Entretanto, embora traga dados negativos e preocupantes, o levantamento do Quaest está longe de indicar a situação de terra arrasada alardeada.

      A recuperação do governo no Nordeste (agora 54% de aprovação e 44% de reprovação, ante 52% a 46% da pesquisa anterior) é um alento, pois, mais do que um avanço meramente numérico em um tradicional reduto petista, pode indicar um importante ponto de partida para um processo de recuperação mais geral e de mais fôlego.

      Na Região Sul, os índices de desaprovação, embora ainda sejam altos, tiveram leve queda, enquanto a aprovação subiu 3 pontos percentuais.

      No Centro-Oeste e Norte verificou-se pequena oscilação tanto na aprovação como na reprovação.

      Os piores resultados concentram-se nos estado do Sudeste, nos quais a desaprovação oscilou de 60% para 64% e aprovação caiu de 37% para 32%.

      Vale destacar, porém, que o Quaest, nas pesquisas por região, trabalha com margens de erro bem mais elevadas do que na avaliação geral, o que pode abalar o nível de precisão e confiabilidade desses números.

      É importante citar também a aprovação majoritária do governo entre as pessoas pretas e a queda no percentual dos que acham que a economia está no rumo errado como pontos que reforçam a convicção que há potencial para virar o jogo.

      Em relação ao escândalo dos descontos fraudulentos nas aposentadorias e pensões, o fato de 31% dos entrevistados responsabilizarem principalmente o governo Lula mostra que o governo está perdendo a batalha da comunicação em torno do assunto.

      No entanto, eu esperava resultado ainda pior, uma vez que só será possível reverter esse desgaste depois que todo o dinheiro for devolvido. Aí, então, a população poderá separar o joio do trigo, pois restará evidente quem desbaratou o esquema e quem cruzou os braços, para dizer o mínimo, como fez o governo Bolsonaro.

      Em tempo 1 - Diante da megaexploração dos aspectos negativos da pesquisa Quaest por parte da mídia corporativa, que destina ao rodapé as boas notícias, dei preferência neste texto para os sinais de luz no fim do túnel.

      Em tempo 2 - Não dá nem para comentar um estranho e suspeito item da pesquisa apontando que 50% das pessoas ouvidas avaliam que o governo errou ao manter o aumento do IOF para a compra de dólares. Mesmo com a mídia martelando essa história 24 horas por dia, é impossível acreditar que um percentual tão expressivo de brasileiros tenham opinião crítica formada sobre um assunto tão distante de sua realidade.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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