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      Ronaldo Lima Lins

      Escritor e professor emérito da Faculdade de Letras da UFRJ

      262 artigos

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      Os dilemas brasileiros e os pingos nos is do STF

      Sem os adiante, insistimos nos erros e nos tornamos atrasados no contexto das nações.

      Sessão da Primeira Turma do STF (Foto: Fellipe Sampaio /STF)

      Sociedades, nos seus processos de amadurecimento, nem sempre costumam aprender rapidamente para avançar e estabelecer verdades. Transformam-se assim em palcos de experiências enganosas ou sofridas. Nós não nos diferenciamos em semelhante postulado. É algo que tem a ver com escolhas de natureza política, refletindo-se no cotidiano das pessoas e as moldando para idênticas e repetidas escolhas. Romper com essas compulsões já indica um o adiante, um sinal de reflexão consolidada e capacidade de organização com sentido de fraternidade e igualitarismo. Sem os adiante, insistimos nos erros e nos tornamos atrasados no contexto das nações.

      O prestígio concedido a Jair Bolsonaro, alçando-o à presidência da República e depois, ando sua atuação em golpe de estado, representa um sintoma preocupante de imaturidade. A última cena do capitão no hospital, com sonda nasogástrica e eletrodos espalhados pelo peito, tudo filmado por seus assessores e exibido nas redes sociais soa como um filme de segunda, sob tutela de um diretor de quinta. Ainda por cima, quando da visita da funcionária da justiça e a diatribe com que a submeteu, superou os limites da quebra de compostura. Só faltou que cuspisse no chão e coçasse os genitais como um bom cafajeste. Tudo paralelamente aos gritos com que saudou os assistentes, para exigir silêncio, completou o quadro. Por ouro lado, é certo que o canastrão possui seguidores na Câmara dos Deputados, empenhados na aprovação de leis que o protejam e ponham freios ao trabalho do Supremo nas investigações sobre os inimigos da democracia.

      Não fossem os ministros do Tribunal, caminharíamos para o abismo.

      Segundo as aparências, estamos numa luta de vida ou morte, com traços fratricidas. O militar renegado, cabe reconhecer, criou uma imagem que agrada a parcelas da população, incapaz de perceber os desatinos que implica. Claro que alguém precisa declarar com todas as letras que, a seguir por este caminho, o futuro se instalará nas sombras da catástrofe. Não é a primeira vez que o mundo conhece um líder carismático com condições de reverter a ordem natural das coisas e defender a morte. No nosso caso, como o fazem analistas sociais, um gosto inegável pelo lado destrutivo parece visível em nossas opções em curso.  No entanto (e felizmente) também temos quem defenda a sensatez, o bom combate, sem deixar de apoiar o STF, quando o mesmo coloca os pingos nos is em devaneios perniciosos. E que não venham dizer, a respeito do 8 de janeiro, que reuniu velhinhas de bíblia na mão e donas de casa desinformadas. Eram, ao contrário, vândalos sedentos de destruição com ódio à cultura. Que cumpram pena e reflitam em que país realmente desejam viver. Nós, não resta dúvida, defenderemos o nosso. Sem anistia para os golpistas!

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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