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      Jeferson Miola

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      O uso da mídia para a vilania política

      A origem do problema não é a imprensa, mas a fonte da mídia dentro do próprio governo, que vazou informação com o objetivo de detonar Janja

      Janja, Lula, Xi Jinping e Peng Liyuan (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

      Abundaram acusações à imprensa pelo vazamento de assuntos debatidos no encontro reservado dos presidentes Lula e Xi Jinping na residência oficial do líder chinês.

      A origem do problema, no entanto, não é a imprensa, mas sim a fonte da mídia dentro do próprio governo, que pode ser um ministro de Estado, que vazou a informação com o objetivo de detonar Janja.

      Claro que a mídia aproveitou a circunstância para o esporte machista predileto de atacar a primeira-dama e, de sobra, estigmatizar como autoritária a posição de Lula sobre a regulamentação das big techs.

      Não se trata de tomar partido contra ou a favor da primeira-dama, em relação a quem, desde o início do atual mandato, circulam críticas, quase sempre veladas, e ditas à boca miúda, dentro e fora do governo, sobre a interferência indesejável dela em assuntos do governo.

      Neste caso concreto, no entanto, é inclusive impróprio dar principalidade à discussão sobre o papel político de Janja no governo, se é que tem algum, porque a questão central é outra.

      Como disse Lula, o ocorrido é “muito grave”; uma “deslealdade”. “Inissível que pessoas escolhidas a dedo por mim para ir ao jantar quebrem a minha confiança”, afirmou.

      O problema central, portanto, é que alguma alta autoridade do governo, presumivelmente um ministro de Estado, usou a mídia para um ato de vilania política.

      Quem fez isso atirou pensando em alvejar Janja, mas acabou dando um tiro no governo, porque a bala acabou atingindo Lula.

      Uma atitude de alguém que, além de desleal, não tem coragem de tratar francamente com Lula seu mal-estar em relação a eventuais inconveniências de Janja; e, então, covardemente usa a imprensa para atacá-la.

      É equivocado vilanizar os veículos do grupo Globo por publicarem uma informação em off recebida de uma fonte governamental, pois nesse enredo o vilão é quem vazou a informação.Não há absurdo no fato da jornalista do grupo Globo publicar o conteúdo recebido, uma vez confirmada a veracidade e o interesse público ou político de publicá-lo. Por que razão, no entanto, autoridades do governo têm obsessão em oferecer offs e em dar a primazia de assuntos de interesse público aos veículos da Rede Globo, são outros quinhentos.Não surpreende como o conteúdo foi explorado pelo conjunto da mídia, com sensacionalismo ideológico barato, como se o Brasil estivesse baixando uma cortina de censura sobre as big techs em aliança com o totalitarismo comunista da China.

      O que este episódio tem de grave, mais além de qualquer outro juízo de valor, é o vazamento do encontro reservado entre os dois chefes de Estado de duas potências proeminentes da geopolítica mundial.

      O vazamento é ainda mais grave porque quem vazou é alguém que deveria primar pelo mais alto nível de honestidade e lealdade a Lula e à imagem do Brasil no mundo.

      Quem teve a “pachorra” de vazar para a imprensa, como Lula disse, deveria ser demitido, porque perdeu a confiança necessária para continuar no cargo.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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