No entanto, por mais falseadas que sejam as pesquisas, apesar do otimismo das pessoas com o futuro do Brasil, a imagem do Lula não reflete isso. O mais importante líder político da história do Brasil, o melhor presidente que o país já teve, não recebe o apoio correspondente da opinião pública.
Por que se dá isso? Não se trata apenas de trocar o responsável pela comunicação. O buraco é muito mais embaixo.
Por que estamos perdendo a disputa da opinião pública? Por que as pessoas não traduzem a melhoria das suas condições de vida em apoio ao governo, responsável por essa melhoria.
Claramente não se dá essa transferência. Não funciona a comparação com o ado, com o governo Bolsonaro. As pessoas vivem o presente. Os mais jovens, então, nem viveram o governo Bolsonaro.
A mídia atua como o principal setor da oposição ao governo. Sempre falseia as notícias favoráveis ao povo. Busca sempre encontrar ou fabricar notícias ou observações contra a imagem do Lula. Usam a pesquisa da Folha que atribui ao Lula um apoio de apenas 24% - real ou não – como instrumento para fazer ar a ideia de que o governo, o PT e o Lula, já não são maioria no país. A mídia sabe que, se não conseguir destruir a imagem pública do Lula, a direita não tem possibilidades de voltar ao governo. Então se dedicam centralmente a isso.
As insatisfações das pessoas parecem não ser atendidas pelo emprego e renda, que é o que lhes propiciamos. Não basta explicarmos como é o governo que lhes propicia isso.
Há um forte sentimento contra a política, que termina sendo contra o PT e o Lula. As acusações de corrupção pegaram em uma parte da população, mesmo sem prova alguma. A prisão do Lula por algum tempo, parece, para esse setor da opinião pública, a aparente confirmação da corrupção que a mídia trata de impor à imagem do PT e do Lula.
O PT arca com a ofensiva contra a política e o governo, mesmo colocando em prática uma política distinta no seu conteúdo. Não promove o neoliberalismo. Ao contrário, o combate frontalmente. Enfrenta a mercantilização das relações sociais, inclusive do Estado e da política. Resta ainda quebrar a coluna vertebral do neoliberalismo – a hegemonia do capital financeiro especulativo na economia.
Essas questões requerem a formação de um grupo de análise que produza enfoques mensais sobre o Brasil e sobre o mundo, para abastecer a militância e todo o campo democrático e popular.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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