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      Ediel Ribeiro

      Jornalista, cartunista e escritor

      221 artigos

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      Ney Matogrosso, um Homem com H

      “Homem com H” é um filme despudorado, sensível e arrebatador

      Ney Matogrosso (Foto: Divulgação)
      "É um filme sobre liberdade, é uma jornada sobre liberdade e afeto. É sobre um cara que enfrentou figuras de autoridade para poder ser quem é, um artista que sempre sonhou."
      (Esmir Filho)

      São Paulo - Fomos, eu e a Sheila, ver o intenso e bonito “Homem com H”, a cinebiografia de Ney Matogrosso, no CineMark do Shopping Cidade, na Avenida Paulista, em São Paulo.

      Justo neste domingo (4), dia em que a Escola de Samba carioca Imperatriz Leopoldinense anunciou que terá o cantor como tema do seu enredo para o Carnaval de 2026.

      Batizado de ‘Camaleônico’ , o enredo que celebra um dos mais importantes cantores da MPB, será assinado pelo carnavalesco Leandro Vieira.

      Há muitos anos que um filme não me comovia tanto - e, sobretudo, não me perturbava tanto. Ninguém sai incólume do cinema depois de assistir a obra e a virtuosidade performática deste intérprete conhecido pela estética marcante, voz singular e presença cênica inconfundível.

      O filme retrata a jornada da infância rebelde ao estrelato de Ney de Souza Pereira, um filho de militar que enfrentou conflitos familiares e precisou lidar com a oposição do pai para realizar escolhas que moldaram a sua arte.

      Nascido em Bela Vista, no Mato Grosso do Sul, em 1 de agosto de 1941, filho de Antônio Matogrosso Pereira e Beita de Souza Pereira, Ney, durante a Ditadura Militar, com sua estética transgressora, brilhou no grupo Secos & Molhados (1973 – 1974) e, em carreira solo, se reinventou com sucessos como “Homem com H” - música que dá nome ao longa e ironiza ideais de masculinidade -; enfrentou perdas na epidemia da AIDS e se reconciliou com o pai, antes de sua morte.

      Ney Matogrosso é vivido por Jesuíta Barbosa, que despontou no filme ‘Tatuagem’ (2013) e que chamou a atenção como o ‘Jove’, da novela ‘Pantanal’ (2022). O filme é escrito e dirigido por Esmir Filho, diretor do curta ‘Tapa na Pantera’ (2006) e que fez o longa ‘Os Famosos e os Duendes da Morte’ (2009).

      O trabalho do diretor Esmir Filho com um cinema mais experimental contribui para que ‘Homem com H’ se diferencie das cinebiografias convencionais que a gente já viu de artistas como Elis Regina, Tim Maia, Gal Costa e Cazuza. Esmir evita os enquadramentos típicos da TV, imprime intensidade nas cenas e aposta em metáforas e elipses.

      Além de Jesuíta Barbosa, Homem com H conta com Jullio Reis (S.O.S. Mulheres ao Mar 2) como Cazuza; e Bruno Montaleone (O Lado Bom de Ser Traída) como o médico Marco de Maria, companheiro de Ney durante 13 anos.

      O elenco ainda inclui Rômulo Braga (DNA do Crime), Hermila Guedes (Irmandade), Mauro Soares (António Um Dois Três), Jeff Lyrio (Nina e o Abismo), Carol Abras (Vale dos Esquecidos), Lara Tremoroux (Medusa) e a cantora Céu.

      “Homem com H” é um filme despudorado, sensível e arrebatador. Caso em por um cinema nos próximos dias, assistam e assustem-se. Recomendo muito.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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