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      Tiago Barbosa

      Jornalista, pós-graduado em História e Jornalismo, com agem por jornais de Pernambuco

      67 artigos

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      Mídia corporativa odeia as mulheres (de esquerda)

      'Essa mídia se faz de feminista e critica Bolsonaro por fazer desse gênero alvo prioritário de ataque. Puro ato falho da hipocrisia', escreve Tiago Barbosa

      Janja (Foto: Claudio Kbene/PR)

      A futrica mentirosa sobre a primeira-dama Janja da Silva, na China, atestou um padrão nacional de imoralidade: a mídia corporativa odeia as mulheres (de esquerda).

      A ex-presidenta Dilma Rousseff - hoje silenciada - era tratada como "explosiva, nervosa, grosseira" para entornar com raiva a claque pelo golpe no mandato popular.

      Colunistas caçoaram do andar dela na posse: "deselegância", "do andar, do vestir, do jeito de ser".

      A capa da Istoé com montagem misógina e machista tripudiou na ojeriza à mulher com voz e poder: "explosões nervosas da presidente".

      A Época militou pela violência: "se eu falar do cabelo armado Mao Tsé-tung de Dilma, serei machista", dizia uma colunista.

      Era linchamento livre - com ou sem mandato.

      A ex-primeira-dama Marisa Letícia figurou em coluna n'O Globo como criminosa, vulgar, plastificada e cúmplice de crimes.

      A Veja subverteu o relato de Lula em munição contra a esposa falecida e imputou a ele uma "morte dupla de Marisa". Era festa do ódio. Sem fim, diga-se. A ministra Gleisi Hoffmann é atacada por um "perfil temperamental, "obstrutivo" ao diálogo - depreciação clássica da mulher com ideias próprias. 

      Na GloboNews, das análises às entrevistas, o bordão rotula: "é difícil", e a aptidão política jaz sob a caracterização emocional. 

      Na Segunda Chamada, uma colunista da Folha cravou: "Pode [chamar deputada de puta]", em debate sobre xingamento similar à deputada Maria do Rosário. A munição atirada em Janja atualiza a misoginia contra mulheres de esquerda. 

      É da natureza dessa mídia servil à inferiorização feminina pregada por projetos extremistas. O papel tolerado é de silêncio, servidão e objetificação - como a Veja exaltou a "bela, recatada e do lar" Marcela Temer. Ou de fanatização para limitar a cidadãs de segunda classe sob lastro (falso) de temor a Deus, a exemplo da ode a Michele Bolsonaro, vista até como presidenciável à revelia da ficha e do fascismo. 

      Essa mídia se faz de feminista e critica Bolsonaro por fazer desse gênero alvo prioritário de ataque. Puro ato falho da hipocrisia. Ambos odeiam as mulheres - de esquerda, invariavelmente.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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