Lula põe o Nordeste de volta ao centro do projeto nacional
Com obras de segurança hídrica e pacote inédito de R$ 10 bilhões para a indústria, presidente reforça papel estratégico do Nordeste no desenvolvimento do país
A agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Nordeste nesta quarta-feira (28) reforça o compromisso do governo federal com uma região historicamente negligenciada, mas que foi decisiva para sua eleição. Em visitas a Salgueiro (PE) e Cachoeira dos Índios (PB), Lula anunciou investimentos que vão desde a ampliação do o à água até um pacote de crédito recorde para a industrialização da região. As medidas confirmam a prioridade que o Nordeste tem recebido no atual governo, não apenas como retribuição eleitoral, mas elevando a região como eixo estratégico de desenvolvimento nacional.
Em Salgueiro, Lula assinou a ordem de serviço, no valor de R$ 491,3 milhões, para duplicar a capacidade de bombeamento de água em todo o Eixo Norte do Projeto de Integração do São Francisco, nas estações de bombeamento em Cabrobó; Terra Nova e Salgueiro. A duplicação da vazão do Eixo Norte, que ará de 24,75 para 49 metros cúbicos por segundo, é mais que uma obra de engenharia: é uma afirmação de dignidade para 8,1 milhões de pessoas em 237 municípios de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Já o trecho I do Ramal do Apodi, uma estrutura de 115km que liga a Barragem Caiçara (PB) à Barragem Angicos (RN), com vazão projetada de 40 m³/s. A obra foi iniciada no governo anterior e atenderá outras 750 mil pessoas em 54 municípios da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
Promover obras estruturantes que garantam segurança hídrica para o Nordeste é uma obstinação antiga do presidente Lula. Foi ele quem tirou do papel esta transposição do São Francisco, considerada a maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil e da América Latina. Os governos de Lula e Dilma Rousseff foram responsáveis por 88% da execução das obras do empreendimento, que visa garantir o à água para 12 milhões de pessoas em 390 municípios e 294 comunidades rurais.
Nunca antes a indústria do NE teve tanto crédito à disposição
No mesmo dia, o presidente lançou o maior pacote de crédito já disponibilizado para a indústria nordestina: R$ 10 bilhões. Os recursos, oferecidos pelo BNDES, Finep e bancos públicos como Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Caixa, contemplam desde a instalação de plantas industriais até pesquisa e desenvolvimento, com possibilidade de subvenção econômica, ou seja, recursos não reembolsáveis. Sob as diretrizes da Nova indústria Brasil, a política industrial do governo Lula chega ao Nordeste com força inédita — e precisa ser tratada como um divisor de águas.
Lula devolve ao povo nordestino a centralidade que ele sempre teve em sua trajetória política. E o faz com a seriedade de quem reconhece que segurança hídrica, infraestrutura produtiva e apoio à indústria são pilares para a redução das desigualdades regionais que marcam o país desde que os europeus por aqui chegaram.
Se o voto nordestino foi decisivo para eleger Lula em 2022, as ações do governo mostram que esse apoio não está sendo pago com discursos, mas com investimentos estruturantes e duradouros. O país só será verdadeiramente justo quando o Nordeste deixar de ser visto como "periferia do poder" e ar a ocupar, com políticas concretas, maior assento no desenvolvimento nacional. A agenda de Lula nesta semana é um o firme nessa direção.
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