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      Joaquim de Carvalho

      Colunista do 247, foi subeditor de Veja e repórter do Jornal Nacional, entre outros veículos. Ganhou os prêmios Esso (equipe, 1992), Vladimir Herzog e Jornalismo Social (revista Imprensa). E-mail: [email protected]

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      "Laboratório da Lava Jato": Tony Garcia entrega ao STF as missões ilegais que cumpriu a mando de Moro

      Falso testemunho, vídeo da festa dos desembargadores, gravações com autoridades com prerrogativa de foro: empresário define então juiz como "abusador contumaz"

      Tony Garcia e Sérgio Moro (Foto: Reprodução/TV 247 | Agência Brasil)

      O empresário Tony Garcia protocolou nesta quarta-feira (27/09) no Supremo Tribunal Federal petição para anular todas as decisões tomadas por Sergio Moro nos casos Garibaldi e Eldorado, a partir de 2004.

      Foi por conta do caso Garibaldi que Tony Garcia acabaria preso e faria acordo para trabalhar para Moro como agente infiltrado.

      Na petição, Tony Garcia revela quais foram as 30 missões que Moro lhe deu, oficialmente, para não voltar à prisão. 

      Apenas uma delas tinha relação com o caso do consórcio Garibaldi, que tinha sido usado como fundamento para decretar sua prisão. A maioria das missões envolvia autoridades com prerrogativa de foro, que o então juiz sequer podia processar.

      É o caso do vídeo da festa da cueca, que envolvia desembargadores, e Moro não tinha autoridade para atuar nesses casos.

      Por que, então, Moro queria que Tony Garcia levantasse informações e provas sobre os casos, que não podiam ser usados oficialmente?

      Na entrevista à TV 247, Tony Garcia disse acreditar que Moro usou as informações para chantagem.

      Na petição no STF, ele não vai tão longe. Mas diz que foi o laboratório para abusos ainda maiores, que ocorreriam na Lava Jato.

      "Tony Garcia, como será amplamente demonstrado adiante, foi o laboratório do abusador contumaz Sérgio Fernando Moro; foi a partir do seu caso que o então Magistrado testou e desenvolveu as táticas ilegais que foram reproduzidas, anos depois, na Operação Lava Jato", dizem os advogados na petição, que tem 39 páginas.

      O empresário relata um caso de falso testemunho, prestado, segundo ele, para que Moro pudesse prender o advogado Roberto Bertholdo, que na época tinha muita influência no TRF-4 e também era ligado, politicamente, a José Dirceu, que tinha sido chefe da Casa Civil e se mantinha como uma das maiores lideranças do PT.

      Moro tinha sido alvo de escuta telefônica e queria responsabilizar Bertholdo pela gravação. Mesmo sendo vítima, ele toma o depoimento de Tony Garcia. Ou seja, age como investigador, juiz e vítima, o que é absolutamente ilegal.

      Os advogados transcrevem parte do interrogatório.

      Moro pergunta: "Essa questão das escutas, quem fez? Foi o senhor Roberto Bertholdo ou foi o senhor">



      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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