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      Davis Sena Filho

      Davis Sena Filho é editor do blog Palavra Livre

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      Estado, direita, privatização, eleição e política de rapinagem das ‘elites’ brasileiras

      Casta a eleição presidencial se aproximar que esse tipo de gente nociva, que se finge de civilizada, apresenta suas garras

      Bolsonaro em ato pró-anistia em Brasília - 07/05/2025 (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

      O Partido Liberal (PL), que abriga Jair Bolsonaro em sua legenda, era cognominado Partido da República (PR) até 2006. Trata-se de uma agremiação político-partidária que transita à vontade pelo Centrão e ideologicamente grande parte de seus filiados é de extrema direita. O PL ainda se autodenomina como liberal na economia, ou seja, defende um Estado mínimo para a população brasileira e um Estado máximo para a velha e riquíssima burguesia nativa, dona secular da casa grande, que tem nos políticos do PL um instrumento de defesa de seus interesses financeiros e econômicos.

      Trata-se, na verdade, daquela “elite” saudosa da escravidão que, centenariamente, aposta no atraso e no retrocesso para a sociedade brasileira, além de ser favorável à retirada dos direitos trabalhistas, previdenciários e assistenciais do povo brasileiro, como fizeram Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Michel Temer e Jair Bolsonaro, cada um em seu tempo e com suas diferenças específicas e desse modo utilizaram a máquina estatal para atender com prioridade os interesses da burguesia, sendo que FHC jamais foi golpista, o que não é o caso de Temer e Bolsonaro, dois golpistas de marca maior, que envergonharam a civilização brasileira em âmbito mundial.

      A verdade é que a casa grande e seus sequazes, estes que recebem migalhas para poderem existir como assessores, lobistas e políticos, propagam, por intermédio da imprensa de mercado pertencente a famílias bilionárias, a ideia da desconstrução do Estado e assim deixá-lo oco por dentro e sem condições de ser o indutor do desenvolvimento do País e agente fiscalizador do patrimônio e do dinheiro públicos, além de ser o efetivador e fiscal das leis, porque se depender do PL e da direita em geral haverá sempre uma campanha intermitente a fim de repercutir junto à população no que diz respeito a que tudo o que é público é corrupto e funciona mal e por isso é necessário privatizar e diminuir o Estado brasileiro.

      Por sua vez, a propaganda da direita partidária e empresarial reverbera, sistematicamente, à sociedade que a iniciativa privada é a própria virtude em toda sua graça e por isso quase livre da corrupção, quando grande parte da população sabe muito bem que são os grandes empresários, nacionais e estrangeiros, que participam de grandes esquemas de corrupção junto a funcionários públicos em cargos estratégicos, de chefia, além de políticos que invariavelmente nomeiam seus prepostos para assumir cargos importantes em instituições, órgãos, fundações, estatais, institutos, ministérios, corporações, prefeituras, governos dos estados etc., a transformar, inclusive, as licitações em uma farra onde corruptos se refestelam com o dinheiro público sem dó e nem piedade.

      Se alguns empresários e lobistas não participam diretamente da corrupção dentro do Estado, seguramente, eles são beneficiados, por exemplo, com a venda de estatais ou outro ativo oriundo do patrimônio público, de maneira a iniciar o processo draconiano de vendas, que são verdadeiras entregas das riquezas da Nação e do conhecimento científico em inúmeras áreas e setores adquiridos por anos de pesquisas e estudos financiados pelos impostos pagos pelo povo brasileiro, ou seja, pelo Estado, que a direita no poder tenta sequestrá-lo para que somente ela e seus apoiadores possam usufruir de suas benesses.

      Desse modo, efetiva-se um desmonte do Estado para que no futuro um mandatário ou presidente progressista não tenha meios de desenvolver as políticas sociais e econômicas programadas pelo seu plano de governo e, consequentemente, atender o povo brasileiro, porque o que é do público foi entregue dolosamente à iniciativa privada, que recebe tudo pronto, sem ter feito um único esforço e por isto o que lhe resta é comemorar e se deleitar às custas do dinheiro público, que construiu e edificou o Estado nacional.

      O brasileiro vive em uma sociedade cuja elite é indelevelmente patrimonialista. Trata-se de uma cruel engrenagem de exploração do trabalho, oferta de educação de má qualidade e de alienação do que é público, sendo que para manter esse processo perverso de submissão da sociedade é necessário às “elites” afastar a população do Estado, tirar-lhe o o e, automaticamente, ar a oferecer maus serviços a quem do poder público precisa e, com efeito, acarretar decepção e revolta à população, de maneira que as classes ricas e os políticos que as representam possam iniciar o desmonte e a dilapidação do Estado nacional, sem ter de enfrentar reações populares.

      Esse esquema de rapinagem contra o Estado conta ainda com a parceria e cumplicidade dos oligopólios midiáticos, que são porta-vozes dos banqueiros e de interesses estrangeiros inconfessáveis, a exemplo dos grupos Globo, Abril, Estadão e Folha, dentre outros, que fazem uma intermitente lavagem cerebral junto à população, a divulgar a ideia da privatização com o propósito de diminuir o Estado, como se fosse a única saída para que os problemas brasileiros sejam resolvidos ou amenizados, quando a verdade é toda vez que os bens públicos são privatizados os preços das taxas e tarifas são exponencialmente elevados, a causar prejuízos e transtornos à população brasileira, no que tange à rotina de seu dia a dia.

      Puro embuste, trapaça e pilantragem de uma casa grande que trata o Estado como se fosse a extensão de suas terras, a eleger seus candidatos, que são compromissados com uma minoria riquíssima, que historicamente sabota o Estado, os interesses de soberania e desenvolvimento do País, bem como combate ferozmente a inclusão social e a independência total do Brasil, porque o que lhe interessa é ficar a reboque das elites econômicas dos países desenvolvidos, sendo que muitos deles são pequenos territorialmente e suas influências em termos mundiais não são mais as mesmas no que é relativo ao poder que tinham nos séculos ados, como muito bem demonstra a guerra Rússia x Ucrânia, além de terem de enfrentar o protagonismo da China e o fortalecimento do Brics.

      Emancipação e igualdade são as palavras que a ‘elite’ deste País rico de povo pobre mais detesta. Na verdade, é uma ‘elite’ brega que chafurda na ignorância e na violência e se orgulha de ser mantenedora da herança escravagista, que se sustenta no profundo ódio pelos pobres e tudo o que possa fazer a população pensar. E por quê? Porque o negócio dessa minoria endinheirada é manter o mercado de trabalho com salários baixos, assim como é primordial para a classe abastada não dar o a uma educação de boa qualidade, porque educar é a mesma coisa que libertar as classes baixas e carentes da ignorância e da pobreza e, com efeito, fazê-la pensar, ponderar, questionar e verificar que ela foi explorada e desprezada por inúmeras gerações e, a partir daí, contrapor-se a esse estado de coisas.;

      E isso, meu camarada, é tudo que a ‘elite’, uma das mais perversas, violentas e corruptas do mundo, jamais permitirá, a não ser se um presidente de origem trabalhista, que enfrentou fome, humilhações e necessidades para poder sobreviver com o mínimo de dignidade, conquiste o mais alto poder da República, a exemplo de Lula-3, que, além de enfrentar com coragem incontáveis intempéries na sua vida como trabalhador e político, o atual mandatário do Brasil é pleno de sensatez e compaixão com as pessoas pequenas, que pertencem a inúmeros grupos sociais, que não têm voz ativa e nem poder de reivindicação.

      Contudo, a partir do controle do Estado nacional por parte da burguesia e sua indefectível mais valia, porque vender o patrimônio público a preço de banana é uma “doação”, porque com a intenção de locupletar ainda mais os ricos, assim como é a mesma coisa que explorar o trabalho de várias gerações que construíram o Estado brasileiro e transformaram o Brasil em um País poderoso, mesmo com a sabotagem criminosa e constante da burguesia e de suas empregadas de confiança, a classe média e a média alta, contra o desenvolvimento da Terra Brasilis, a começar pela incidência de golpes de estado, que atrasaram o desenvolvimento do Brasil, em média, 20, 30 anos, no que concerne à sua história.

      Quando um representante das classes privilegiadas e ricas senta na cadeira da Presidência da República, logo se inicia o processo recorrente de privatização e de preferência a toque de caixa, sendo que os estrangeiros e os bilionários brasileiros são os parceiros preferenciais do regabofe ou da patuscada, de forma a manter desse modo perverso o Brasil como colônia e o eterno País do futuro, sem jamais se transformar em um importante player mundial, apesar da grandeza de sua economia, da população de mais de 211 milhões de habitantes e do gigantismo de seu território.

      O Brasil é o País mais poderoso da América Latina e sua ‘elite’ econômica e financeira luta ferozmente para que essa importante Nação fique a fazer o ridículo papel de vagão comum de um trem sem destino, quando sob a presidência de presidentes progressistas e trabalhistas sempre lutou incessantemente para ser a locomotiva de um povo inteligente e trabalhador, que derrotou, em 2022, o candidato fascista do desgoverno militarista e ultraneoliberal, Jair Bolsonaro, que tentava a reeleição e caiu com os burros n’água e atualmente responde à Justiça por ser inelegível e réu, pois líder de um plano malévolo para implementar um ditadura neste País. Aliás, mais uma...

      Porém, o Brasil, ressalto mais uma vez, tem uma “elite” abaixo do que é medíocre, ou seja, reles e vulgar, ignorante e colonizada, que somente pensa em seus próprios negócios para desse jeito malfazejo gozar a vida por intermédio de suas inúmeras gerações ao preço da má qualidade de vida de enorme parte do povo brasileiro, porque a ela nada importa, pois sabedora que jamais teve e terá um projeto de desenvolvimento e soberania do Brasil em todas as épocas de sua trágica história, cruel em todos os sentidos, que no decorrer de três séculos se valeu da desditosa e desumana escravidão.

      Trata-se de um recorde mundial a escravidão no Brasil, organizada e projetada cientificamente pelos inquilinos brasileiros da casa grande, que istraram a escravidão no lugar dos portugueses no decorrer de séculos, afinal com o ar do tempo o controle da economia ficou nas mãos de brasileiros ricos, que eram tão ou mais terríveis que os escravistas portugueses, realidade que explica nos tempos atuais o ódio e o desprezo profundos que as ‘elites” nativas deste País sentem pelo Brasil e pelo povo brasileiro.

      Nesse processo vexaminoso e altamente perverso, fica claro e transparente que se tratou de um modelo econômico diabólico e efetivado com estratégia e estudo e não meramente uma escravidão resultante de uma guerra, cujos derrotados são escravizados como troféus, além da finalidade de castigar e humilhar, como acontecia sistematicamente na era antiga da humanidade. O escravismo foi, essencialmente, uma estratégia econômica de expansão territorial das potências europeias em busca de saída para suas crises econômicas e demográficas. Portanto, o trabalho escravo se tornou central para o desenvolvimento econômico e financeiro nas terras conquistadas.

      O gene escravocrata é a essência da burguesia contemporânea brasileira, que a de pai para filho, sempre sob controle e o olhar dos que determinam os programas e projetos do Estado burguês, quando esse mesmo Estado é dominado pelos poderosos da iniciativa privada e seus representantes, a fazer do poder público a casa da mãe Joana e dessa forma beneficiar àqueles que historicamente têm dinheiro e o ao poder, a transformar a democracia em plutocracia, que é uma forma de governo movido pelos interesses dos ricos em detrimento da população.

      Dou como exemplo que por trás da 'anistia' aos golpistas bolsonaristas existe a luta de classe, que ideologicamente é o combustível da direita e da extrema direita, que nunca estiveram tão empenhadas para reconquistar o poder e se manter novamente no controle do Estado nacional, seja do jeito que for e der, a não se preocupar de modo algum com quaisquer questões de ética ou comportamento moral, conquanto que o PT de Lula-3 saia do poder o mais rápido possível e a partir daí efetivar-se outro choque neoliberal, como fizeram Jair Bolsonaro e principalmente Michel Temer, de modo a concentrar renda e riqueza como há muito tempo não acontecia no Brasil.

      A Casa Grande brasileira realizou uma pilhagem em grande proporção no País e, ferozmente, levou tudo de roldão, com enorme força destrutiva e entreguista ao ponto de o Estado brasileira e a economia popular serem vilipendiados e literalmente roubados por uma burguesia ávida de fortunas patrimoniais e dinheiro. Porém, para isso tiveram que dar um golpe de estado contra Dilma Roussef e depois prenderem Lula-3, porque não aguentavam mais perder eleições presidenciais, pois foram quatro derrotas eleitorais, sendo que 16 anos seriam muito tempo fora do poder, sem poder roubar plenamente e livre de fiscalização governamental, porque, como fizeram nos governos Temer e Bolsonaro, enfraqueceram criminosamente os órgãos de fiscalização e controle.

      Um exemplo cabal é quanto ao roubo frenético das classes ricas e seus governos golpistas. A verdade é que foi uma pilhagem tão voraz que chamou muito a atenção de milhões de consumidores. Um roubo comparável ao do frenesi alimentar dos tubarões ou leões. Até as malas em aeroportos aram imediatamente a ser cobradas para depois colocadas nos guarda-volumes dos aviões, bem como todos os produtos diminuíram de tamanho e peso nos supermercados, mas aumentaram vertiginosamente de preço, sendo essa terrível realidade, certamente, o maior roubo de todos os tempos, porque mais de duas centenas de milhões de pessoas não podem parar de comer para poder viver, assim como o mercado interno deste País é gigantesco, o que favorece ainda mais os bilionários donos dos meios de produção e do grande comércio.

      Citei apenas dois exemplos, mas são milhares de episódios dantescos como esses em diferentes setores e segmentos da economia. Hoje os preços estão na estratosfera e o governo popular de Lula-3 tem se virado nos 30 para que os preços diminuam e a população possa ter maia o ao consumo de alimentos. Porém, trata-se de um processo difícil e lento, porque os empresários sabotam a economia popular, em um movimento também de caráter político e não somente financeiro, bem como eles mantêm os preços altos com o volume e peso dos produtos diminuídos, sendo que no Brasil os juros são estratosféricos, o que torna impraticável para a população tentar achar uma solução para sanar seus problemas, a exemplo do endividamento das famílias.

      Para mim, a roubalheira quanto aos alimentos com os preços majorados e produtos diminuídos é a maior e mais grave situação enfrentada pelo povo brasileiro. É mais grave do que a entrega criminosa das estatais e do Pré-Sal, que foram o fim da picada no que é relativo ao entreguismo de uma ‘elite’ com a alma dominada pelo complexo de vira-lata, porque são milhões e milhões de pessoas a se alimentar constantemente, sendo que parte grande da população enfrenta insegurança alimentar. Enfim, derrotar a direita e a extrema direita nas eleições de 2026 é uma questão muito séria de sobrevivência e de autoestima do povo brasileiro, além da questão de soberania do Brasil.

      Lula-3 terá de enfrentar a direita partidária que será apoiada pelos coronéis midiáticos, que controlam os meios de comunicação privados, os mamadores do dinheiro público por meio de publicidade estatal, mas que são golpistas de carteirinha, mesmo quando estão a disfarçar desde o início da redemocratização. Contudo, basta a eleição presidencial se aproximar que esse tipo de gente nociva, que se finge de civilizada, apresenta suas garras e manda seus jornalistas capatazes da casa grande atacar o processo de desenvolvimento do Brasil e, no lugar dele, efetivar um choque neoliberal que enriquece ainda mais os bilionários e levam de volta o povo para a fila do osso. A sociedade civil organizada tem de compreender essa situação difícil que se enfrenta no Brasil para derrotar eleitoralmente a direita e assim afastá-la mais uma vez do poder --- da cadeira presidencial. É isso aí.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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