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      Aquiles Lins

      Aquiles Lins é colunista do Brasil 247, comentarista da TV 247 e diretor de projetos especiais do grupo.

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      Bolsonaro financia coação e obstrução da Justiça com envio de recursos aos EUA

      Envio de R$ 2 milhões a Eduardo Bolsonaro expõe tentativa de coação e obstrução da Justiça com apoio de aliados de Trump nos EUA e abre caminho para prisão

      Jair Bolsonaro (Foto: Antonio Augusto / STF)

      Por mais que tente se desvencilhar das ações do filho Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro acabou por assumir publicamente, em depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (6), o financiamento de uma estratégia que pode configurar coação no curso do processo, obstrução da Justiça e tentativa de desestabilizar as instituições brasileiras. A transferência de R$ 2 milhões ao filho, investigado por articular sanções contra autoridades nacionais a partir do território estadunidense, escancara não só o elo entre pai e filho na articulação antidemocrática, mas também a gravidade da ofensiva internacional contra o Estado de Direito no Brasil.

      Ao afirmar que a quantia enviada a Eduardo seria apenas para evitar que ele "e necessidade" nos EUA, Bolsonaro recorre a uma justificativa pueril, inverossímil e, acima de tudo, cínica. Trata-se de um deputado federal, com histórico de viagens internacionais financiadas por fundos públicos e com trânsito livre entre parlamentares e extremistas de direita no exterior. O próprio ex-presidente ainda ressaltou que tem “orgulho do que o filho está fazendo”, o que apenas corrobora a hipótese de que há conhecimento e anuência com as ações em curso nos Estados Unidos.

      As investigações conduzidas pela Procuradoria-Geral da República indicam que Eduardo Bolsonaro tem atuado junto ao governo de Donald Trump para tentar impor sanções a instituições brasileiras como o Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal e a própria PGR. Não se trata de mero ativismo retórico. Há uma tentativa concreta de instrumentalizar atores internacionais, valendo-se de interesses políticos e ideológicos, para intimidar e enfraquecer quem investiga os crimes cometidos por Jair Bolsonaro e seus aliados. Isso não é defesa da democracia, como quer fazer crer o ex-presidente. Isso é afronta direta ao sistema de Justiça.

      A gravidade dos fatos investigados pela PGR é indiscutível. Há suspeitas fundadas de que Bolsonaro e seu filho tenham se engajado em uma campanha internacional de desestabilização institucional, o que pode configurar crime contra o Estado democrático de Direito. As instituições do país não podem se curvar diante desse tipo de chantagem transnacional. É papel da Justiça — e dever de todos os democratas — garantir que aqueles que tentam usar dinheiro, influência e conexões internacionais para sabotar a democracia brasileira sejam responsabilizados com o rigor da lei.

      Diante das provas já conhecidas, não restam dúvidas de que Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro atuam deliberadamente para obstruir o trabalho da Justiça e coagir instituições que conduzem investigações sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil. A transferência de R$ 2 milhões ao filho, em meio a suspeitas de articulações contra o Supremo Tribunal Federal e a Polícia Federal com o apoio do governo Trump, é parte de uma estratégia coordenada para intimidar e paralisar a Justiça brasileira. A prisão preventiva se justifica não só para interromper a continuidade das ações ilícitas, como também para proteger a integridade das instituições e assegurar a lisura do processo judicial.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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