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      Reimont Otoni

      Deputado federal (PT-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Desigualdade Racial da Câmara

      80 artigos

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      As big techs, a imprensa e o projeto facista

      Deputado Reimont defende resposta com regulação e mobilização popular

      Big techs (Foto: Divulgação)

      O conluio descarado das bigtechs Meta, Google e CapCut com a extrema direita brasileira é uma das mais graves ameaças à nossa Democracia. É uma conspiração que se soma aos atos golpistas pré e pós a eleição de Lula, aos grupos paramilitares que começam a ser desmascarados, como o Comando C4, e à militância ativa de parte da imprensa conservadora – uma comentarista chegou ao ponto máximo da irresponsabilidade e desrespeito ao propagar, na TV, que “não foi Lula quem ganhou, Bolsonaro é que perdeu”, em uma mensagem que, ao mesmo tempo, deslegitima a manifestação democrática de 59.563.912 eleitores e reforça as mentiras da extrema direita.

      Não estamos diante de peças isoladas. Elas são partes criadas e encaixáveis do projeto fascista e do novo capitalismo que tem se manifestado tanto aqui como em diversos países. O projeto que defendem é o da elitização total da sociedade, centralização e domínio decisório nas mãos das corporações e entidades privadas, pulso firme e tirano na condução política e o fim de todo e qualquer projeto ou aspiração de justiça socioambiental, de princípios de solidariedade, fraternidade, coletividade e inclusão.

      No mundo que eles pretendem, não há lugar para os direitos humanos básicos para a promoção da dignidade das pessoas. Será um mundo feito de lucro, de trabalho precarizado e quase escravo, de estado mínimo para a imensa maioria e máximo para bem poucos. 

      O 2º Seminário de Comunicação do Partido Liberal (PL), em Fortaleza, no último dia 30 de maio, descortinou a ponta desse perigoso iceberg e do trator desgovernado que será a campanha eleitoral de 2026, caso não haja uma regulação imediata das bigtechs.

      No Centro de Convenção do Ceará, o protagonismo não foi da política convencional, mas foi das bigs já citadas – cujos donos somam fortunas de quase 500 bilhões de dólares, perto de 3 trilhões de reais. O objetivo confesso do encontro era preparar as milícias digitais da extrema direita, especialmente no uso da Inteligência Artificial, ao arrepio do que determinou o Tribunal Superior Eleitoral, em 2024.

      O que Steve Bannon experimentou até com alguma sutileza na campanha de Donald Trump, em 2016, parece escalar novos e colossais degraus. A Comunicação, por óbvio, será o super hiper blaster megafone do projeto fascista, uma vez que se apoiará num conglomerado gigante de apropriação, disseminação e impulsionamento de dados, com fartura de fake news (mentiras, a bem dizer), distorções e manipulações. Mentiras que serão compartilhadas à exaustão em grupos de zapp, principalmente, e nas plataformas digitais descontroladas. 

      Como enfrentar essa avalanche, esse tsunami, como já se fala nas redes?

      Além da urgência na regulação das redes sociais, precisamos formular uma alternativa ao poderio das bigtechs. 

      O ministro Sidônio Palmeira, da Secom, estava coberto de razão quando disse que a Comunicação não é do Lula e nem do governo, mas de todos os ministérios e órgãos do governo. Vou mais adiante, é uma tarefa geral, a ser abraçada por cada um e cada uma de nós. Precisamos transformar cada militante da Democracia em um comunicador, e responder à mídia conservadora com a voz da mídia progressista, incentivando esses espaços. 

      Se não temos e nem teremos o poder de fogo das bigtechs, montemos canais alternativos, populares, bebendo na fonte de experiências históricas, como a Rádio da Legalidade, de Leonel Brizola, ou na reinvenção do milenar Dazibao*.

      O PT, com os seus 3 milhões de filiados espalhados por todo o Brasil, tem papel central nessa rede. O partido tem que atuar firmemente no reforço, provimento e mobilização das nossas bases, reativar e apoiar os Comitês de Luta, incrementar os grupos de zap, que atraem pela proximidade da conversa, fazer o enfrentamento no Parlamento. Temos que mapear, ocupar e multiplicar todos os espaços de escuta e debate. OCUPAR E RESISTIR, desde já. 

      É tarefa de formiga, sim, mas é preciso atiçar logo os nossos formigueiros! 

      *Milenar tradição de comunicação popular chinesa - Cartazes com grandes caracteres, manuscritos, geralmente montados em paredes de espaços públicos ou nas ruas.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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