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      Davis Sena Filho

      Davis Sena Filho é editor do blog Palavra Livre

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      Anistia não é para bolsonarista bucha de canhão, mas para Bolsonaro ficar impune e livre da cadeia

      O PL, um partido de extrema direita, saiu derrotado em seus interesses nada republicanos e sua vontade de votar a anistia para bandidos como se urgência fosse

      Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

      Os autodenominados “patriotas” são chamados por grande parte da população brasileira de “patriotários” ou "manés" ou "gado". Os eleitores do campo progressista discordam totalmente e politicamente dos  cognominados “bolsominions” e como resposta a um governo militarizado e ultraneoliberal, como foi o de Jair Bolsonaro, elegeram, em 2022, o Lula-3 presidente da República, sendo que o incompetente Bolsonaro se tornou o primeiro presidente a não se reeleger após a redemocratização do Brasil.

      A verdade é que esses golpistas sem importância e influência política, mas que se dispam a cometer crimes em série em Brasília para darem um golpe de estado são de maioria pobre, de classe média e média baixa, realidade que amplifica o quão no Brasil vicejam grupos sociais cuja ignorância e miséria moral podem impor ao Brasil um regime político persecutório, opressor e repressor, porque a tentativa de golpe perpetrada por eles deixou essa questão muito bem clara e real.

      Tentaram implantar um regime com disposição, inclusive, para prender, exilar, torturar e matar, a relembrar a violenta ditadura militar de 1964, porque a verdade é que se pode realmente imaginar o que fariam o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores militares, policiais e civis oriundos de vários segmentos e setores da sociedade, que se considera conservadora conseguissem concretizar o golpe de estado e, consequentemente, perpetuarem-se no poder, conforme desejavam os generais cúmplices e protagonistas dos planos anti republicanos de Bolsonaro.

      Contudo, essas pessoas, na verdade, são buchas de canhão. São os patriotários que foram ao front da baderna insana, porque não aceitaram a derrota de Bolsonaro para o Lula-3, assim como sequestraram a camisa da Seleção Brasileira e aram a usar os símbolos cívicos e bandeiras do Brasil como se fossem propriedades deles, somente deles, o que se torna um total despropósito e uma falta de discernimento que alcança as raias da idiotia.

      Esse comportamento típico de gente sem noção do ridículo apenas denota soberba e autoritarismo característicos de pessoas sectárias e intolerantes com os desiguais e diferentes, mas que resolveram descambar para a violência tão própria à extrema direita. São indivíduos que foram gravados, filmados e fotografados por eles mesmos, a se auto incriminarem de maneira surreal, a facilitarem o trabalho dos órgãos de estado de segurança e investigação e assim ficaram fragilizados em suas defesas perante a Justiça, sendo punidos com cadeia.

      Os patriotários cantam o Hino Nacional para demonstrar um patriotismo vazio de projetos e de desenvolvimento, de bem-estar social e de conhecimento sobre o Brasil de inúmeras regiões e sua sociedade diversificada, multifacetada, multicolorida e multicultural. Enfim, desconhecem onde nasceram e moram, porque o farol que ilumina seus caminhos é o farol da obscuridade, da ignorância e do golpismo perverso, que se edifica por meio de preconceitos e, com efeito, se valeram de grande violência com a intenção de implantar no Brasil mais uma ditadura em sua sofrida história.

      Depois de mais de duas mil pessoas serem presas após o quebra-quebra que destruiu literalmente as sedes dos Três Poderes em Brasília, cerca de mil pessoas foram julgadas e condenadas, desde penas “leves” que devolvem os delinquentes aos seus lares mediante o uso de tornozeleira eletrônica, além de diferentes limitações para que o condenado pela Justiça tenha de cumprir determinações quanto à sua rotina de vida até que seja cumprido o tempo da pena, sendo que foram também determinadas pelo STF as condenações mais pesadas, cujos delinquentes e golpistas cumprirão suas penas encarcerados, em um tempo de 13 a 17 anos.

      Porém, o que chama a atenção é que esses meliantes rancorosos e ressentidos por toda uma vida são profundamente analfabetos políticos, sendo que muitos em seus depoimentos demonstraram viver em um mundo paralelo, eivado de crenças frívolas, fanatismo religioso e político ao ponto que inúmeros presos se recusaram a citar o nome do político fascista e chefe do golpe, Jair Bolsonaro, como se fosse uma honra "protegê-lo" na esperança de amenizar as acusações por parte da PGR e que ora estão a cargo dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

      Trata-se de algo sem precedentes e psicologicamente complexo, porque essa gente, apesar da imensa ignorância e perversidade moral, considera que está a serviço de uma bem maior, que é “lutar pela Pátria” e assim preservar seus princípios e valores nem que seja necessário mofar na cadeia, o que denota também que muitos presos foram arrebatados pelo fanatismo religioso de ordem evangélica, porque grande parte dos que participaram da intentona bolsonarista é frequentadora de igrejas evangélicas.

      Trata-se de um segmento conservador de onde é oriundo o maior defensor das diatribes de Bolsonaro, o pastor midiático de extrema direita Silas Malafaia, chefe da neopentecostal Assembleia de Deus Vitória em Cristo, dentre inúmeros pastores e bispos de outras denominações evangélicas que apoiam até hoje o inelegível e réu Jair Bolsonaro, que, absolutamente, infernizou o Brasil por longos quatro anos, a desmontar o Estado nacional e a estrangular toda uma rede de proteção social e de direitos adquiridos conquistados pelo povo brasileiro por intermédio de décadas, principalmente nos governos progressistas e trabalhistas de centro-esquerda e de esquerda.

      Por sua vez, o que chama mais a atenção é o cinismo, a hipocrisia, os meios oportunistas dignos dos canalhas evidenciados pela direita e a extrema direita na Câmara dos Deputados, a liderar a concessão da tal “anistia” aos delinquentes da intentona bolsonarista o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (PL/RJ), um pastor radical e que luta no Legislativo nacional para anistiar os marginais que invadiram os palácios dos poderes da República e destruíram tudo o que viram pela frente, como verdadeiros vândalos e, ignorantes que são, efetivaram uma selvageria que está marcada eternamente na história do Brasil. Um momento trágico, bárbaro e inglório para a sociedade brasileira, porque um atentado contra a civilização, ao que é civilizado.

      Contudo, faço uma pausa e pergunto: “Ué, somente agora, após dois anos, os deputados federais golpistas se importam com o lumpesinato bolsonarista bucha de canhão?”

      Sim. Enquanto Bolsonaro não corria o real perigo de ser preso, como acontece agora depois de ser considerado réu pelo Supremo, o PL, liderado pelo pastor evangélico da Assembleia de Deus, deputado Sóstenes Cavalcante, como o é também da Assembleia seu parceiro ideológico Silas Malafaia, mobiliza-se de maneira francamente autoritária e, mediante chantagens, ameaça paralisar as votações da Câmara, ação legislativa que é chamada de obstrução. Querem a fórceps votar a “anistia” em regime de urgência para beneficiar bandidos que tentaram dar um golpe por meio da destruição das sedes republicanas e, com efeito, facilitar para que os militares interviessem e por meio dessa “intervenção” darem um golpe de estado.

      Acontece que o golpe foi derrotado e por isso que o lúmpen bolsonarista carne de canhão está preso nos presídios da Papuda e da Colmeia há DOIS ANOS, mas somente agora os reais mandantes e apoiadores do golpe contra o presidente Lula-3 se mobilizam para, na verdade, livrarem Bolsonaro da cadeia e, quiçá, como se concedessem um salvo-conduto, lançá-lo candidato a presidente em 2026. É mole ou quer mais, meu camarada? Impunidade aplicada diretamente nas veias.

      Entretanto, os mandantes, os articuladores e os financiadores do golpe do 8 de janeiro de 2023 estão sendo investigados, denunciados, julgados e muitos deles já estão presos, sendo que outros golpistas, como o fascista Bolsonaro, ainda verão o sol nascer quadrado, de forma a não mais golpear a democracia e o Estado Democrático de Direito, que estão sob a luz da Constituição.

      A verdade é que o PL, um partido de extrema direita, que no poder tratou de destruir o Brasil, saiu derrotado em seus interesses nada republicanos e sua vontade de votar a anistia para bandidos como se urgência fosse. Evidentemente que o PL não foi atendido, porque o presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos/PB) adiou a pauta da extrema direita que tem por único e principal propósito beneficiar o ex-presidente que é chamado também de “capitão” e de “Bozo”.

      Enquanto isso, outro parlamentar radical de direita e tenente-coronel do Exército, deputado Luciano Zucco (PL/RS), ameaça a rotina de votações do Parlamento brasileiro, e assevera: “A decisão do presidente da Casa, Hugo Motta, demonstra desrespeito aos parlamentares. Vamos sair da obstrução somente quando tivermos a data marcada para a anistia”. 

      O deputado Zucco é o líder da oposição e está a fazer um trabalho de sabotagem contra o Brasil, que tem pautas mais urgentes para serem aprovadas, a exemplo de mudanças nas leis eleitorais, da PEC da Segurança Pública e da elevação da isenção do imposto de renda, que beneficiará milhões de brasileiros e ajudará a impulsionar ainda mais a economia do País.

      Zucco afirmou que conseguiu 264 s a favor da urgência para livrar criminosos da cadeia e assim deixá-los impunes, mas a mentira ou as distorções tem pernas curtas e logo o deputado de extrema direita afirmou: “Temos que mostrar o quão danoso é esse processo em torno de pessoas inocentes, incluindo o nosso presidente Bolsonaro”. 

      Nesta hora deu vontade de gargalhar por causa da cara de pau do Zucco, porque incluir o Bolsonaro, um homem comprovadamente perverso, traidor e covarde, no grupo das pessoas “inocentes” só pode ser deboche, gozação e escárnio. Na verdade, um total desrespeito à inteligência alheia e a sordidez em âmbito estratosférico.

      Para concluir, a extrema direita, o gado bucha de canhão, os partidos direitistas, os deputados do PL, o Malafaia, o Sóstenes e todos aqueles que querem anistiar os crimes gravíssimos do Bolsonaro (e seus asseclas) e assim mais uma vez em sua vida nefasta e inglória ficar impune de seus malfeitos, ficarão de forma coletiva decepcionados, porque essa pauta calhorda e cretina da anistia para delinquentes de alta periculosidade não ará, não será votada, muito menos em regime de urgência.

      Além do mais, quero informar aos que se sentem empolgados com a anistia para o Bolsonaro, o ex-presidente Fernando Collor de Mello foi ontem preso, o que é um grande sinal para o que se espera em relação ao “capitão” golpista. Por sua vez, ministros do STF já disseram que a anistia não perdoa crimes contra o Estado brasileiro, contra o Estado Democrático de Direito, contra a Democracia e contra a Constituição. Isto é ponto pacífico. O que não é pacífico é o comportamento reacionário da extrema direita que pensa, equivocadamente e erroneamente, que o Brasil é uma republiqueta de bananas. Não é e não será. Os golpistas serão punidos conforme os preceitos da Lei.

      Vamos deixar as coisas bem claras e transparentes. Veja o que prevê a legislação sobre penas a condenados:

      1.  Abolição violenta do Estado Democrático de Direito: acontece quando alguém tenta "com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais". A pena varia de 4 a 8 anos de prisão.

      2.  Golpe de Estado: fica configurado quando uma pessoa tenta "depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído". A punição é prisão, no período de 4 a 12 anos.

      3.  Organização criminosa: quando quatro ou mais pessoas se reúnem, de forma ordenada e com divisão de tarefas, para cometer crimes. Pena de 3 a 8 anos.

      4.  Dano qualificado: destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, com violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima. Pena de seis meses a três anos.

      5.  Deterioração de patrimônio tombado: destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, ato istrativo ou decisão judicial. Pena de um a três anos.

      BYE, BYE, QUERIDO! É isso aí.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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