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      Décio Lima

      Presidente do Sebrae Nacional

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      A maior fatia vai para as Américas

      Qualificar os pequenos negócios é essencial para que eles participem de cadeias globais de valor

      Mel de cooperativa em feira de pequenos negócios (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

      No coração da Amazônia paraense, no Norte do país, a produção de cacau de qualidade, reconhecida como indicação geográfica, já tem destino certo: o mercado internacional. Atualmente, cerca de 450 mil toneladas de amêndoas são exportadas por ano, o que representa 60% da produção total da comunidade de empreendedores em Tomé-Açu. No Sul, os grãos produzidos no Sítio Nossa Senhora Aparecida, em Pinhalão (PR), já conquistaram espaço no Chile. Aos poucos, os pequenos negócios brasileiros vêm ganhando protagonismo global.

      Em 2024, as exportações realizadas por pequenos negócios cresceram 11 pontos percentuais. Quase 40% dos exportadores brasileiros pertenciam a esse segmento, movimentando US$ 2,6 bilhões. Os estados com maior participação são São Paulo (41,5%), Rio Grande do Sul (11,8%), Paraná (9,9%), Minas Gerais (8,9%) e Santa Catarina (8,8%).

      O Sebrae, em parceria com a ApexBrasil, estabeleceu metas ambiciosas. Estão previstos R$ 174 milhões em investimentos nos próximos três anos, com expectativa de gerar R$ 3 bilhões em negócios. A cada R$ 1 investido, espera-se um retorno de R$ 17 em exportações para os pequenos negócios.

      A ampliação da presença internacional dessas empresas tem sido impulsionada pela política externa do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Como parceiro na cooperação Sul-Sul do governo brasileiro com países aliados, especialmente aqueles da LP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e do bloco econômico dos BRIC. Esse movimento tem favorecido a construção de políticas públicas voltadas também aos microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas, que vêm expandindo sua presença em diversos setores da exportação brasileira.

      Hoje, cerca de 60% das exportações desse segmento têm como destino as Américas — com destaque para a América do Sul (US$ 648,8 milhões; 24,8%) e América do Norte (US$ 601,3 milhões; 23%). Também se sobressaem a Ásia, com US$ 457,2 milhões (17,5%), e a Europa, com US$ 441,6 milhões (16,9%).

      Entre os principais países de destino estão os Estados Unidos (US$ 526,9 milhões; 20,1%), União Europeia (US$ 342,6 milhões; 13,1%), China (US$ 205,3 milhões; 7,8%) e Argentina (US$ 93,7 milhões; 3,6%).

      A maioria dos empreendimentos no mundo são de pequenos negócios. O retrato que temos no Brasil, onde mais de 95% das empresas são micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais, também se reflete na maioria dos outros países. Com uma diferença ou outra, seja na forma de classificação ou de faturamento, o certo é que o motor da economia global tem a contribuição significativa dessas empresas.

      As parcerias firmadas pelo Sebrae visam oferecer e programático e estratégico a esses empreendimentos no contexto da globalização. Os desafios são claros: encontrar mercados, facilitar o o ao crédito e promover a capacitação em gestão, vendas e logística.

      Qualificar os pequenos negócios é essencial para que eles participem de cadeias globais de valor cada vez mais exigentes. Ignorar sua inserção no mercado internacional é, na prática, isolar o Brasil. Incluir os pequenos é garantir um ganho de produtividade para o país e criar oportunidades para todos.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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