window.dataLayer = window.dataLayer || []; window.dataLayer.push({ 'event': 'author_view', 'author': 'Alastair Crooke', 'page_url': '/blog/a-europa-enfrenta-uma-mudanca-de-vibracao-maga-enquanto-trump-avanca-para-o-seu-objetivo-primordial-o-reset-global' });
TV 247 logo
      Alastair Crooke avatar

      Alastair Crooke

      Ex-diplomata britânico, fundador e diretor do Conflicts Forum.

      37 artigos

      HOME > blog

      A Europa enfrenta uma 'mudança de vibração' MAGA enquanto Trump avança para o seu objetivo primordial - O Reset Global

      Se a Europa pretende substituir os EUA, isso será extremamente caro, muito custoso politicamente e fracassará

      Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - 27/02/2025 (Foto: Carl Court/Pool via REUTERS)

      originalmente publicado por Strategic-Culture em 11 de março de 2025

      O presidente Trump quer resolver a questão da Ucrânia, ponto final. Isso para que ele possa avançar rapidamente - normalizar relações com a Rússia e iniciar o grande projeto de estabelecer uma nova Ordem Mundial, que acabará com as guerras e facilitará laços comerciais.

      A questão aqui - que a Europa finge não entender - é que o fim do conflito na Ucrânia é simplesmente o 'portal' de Trump para toda a racionalidade e plataforma sobre a qual ele se apoiou: O Grande Reset [Recomeço] do cenário geopolítico. A Ucrânia, simplesmente dito, é o obstáculo para Trump perseguir o seu objetivo primordial: O Reset Global.

      Starmer, Macron e a ala oriental das elites europeias estão cegos para a dimensão da mudança global em direção às políticas e éticas tradicionalistas dos EUA. Eles também ignoram a fúria mal disfarçada no mundo de Trump, que impulsiona essa nascente revolução. "A Direita Maga não tem as inibições de seus predecessores. Ela planeja usar o poder de um Estado recuperado para aniquilar os seus inimigos", escreve Allister Heath.

      A classe dominante europeia está em apuros desesperadores e cada vez mais isolada, em um mundo que está mudando para a direita a uma velocidade vertiginosa. "Os EUA agora são o inimigo do Ocidente", proclama o FT [Financial Times]. Os líderes europeus se recusam a entender.A realidade é que os EUA agora estão desmontando a política externa da Europa. E estão prestes a começar a exportar os valores republicanos tradicionais dos EUA para desmantelar o sistema de crenças "woke" europeu. A classe dirigente europeia - distante de sua base - falhou em compreender a ameaça aos seus próprios interesses (um cenário delineado aqui: https://www.zerohedge.com/geopolitical/government-advisor-warns-uk-heading-civil-war).

      O governo Trump está tentando reconstruir a decadente República, e os estadunidenses desta nova era não se importam com a obsessão europeia por antigas disputas e suas consequentes guerras.

      Trump supostamente despreza a ostentação do Reino Unido e da Europa de que, caso os EUA não ajam, a Europa agirá. A classe de Bruxelas alega ainda ser capaz - depois de três anos de derrotas na Ucrânia - de infligir uma derrota humilhante ao presidente Putin.

      Mais profundamente, no entanto, a Equipe Trump - comprometida com a tarefa de desmantelar o Estado Profundo estadunidense como o "inimigo inexorável" - percebe (corretamente) o Estado de segurança britânico como um co-irmão de seus equivalentes estadunidense, parte da metaestrutura global. E o seu componente mais antigo e profundo sempre foi a destruição e desmembramento da Rússia.

      Assim, quando Macron, em um discurso à nação nesta semana, rejeitou um cessar-fogo na Ucrânia e declarou que "a paz na Europa só é possível com uma Rússia enfraquecida", chamando o país de uma ameaça direta para a França e o continente, muitos no "mundo de Trump" interpretarão essa declaração desafiadora como nada mais do que Macron e Starmer vocalizando os objetivos do Meta Estado Profundo.

      Essa noção é reforçada pela repentina proliferação de artigos na grande mídia europeia alegando que a economia russa é muito mais frágil do que parece e pode colapsar no próximo ano. Claro que isso é um absurdo. Trata-se de manipular a opinião pública europeia para que acredite que manter a guerra na Ucrânia é uma "boa ideia".

      O absurdo da posição europeia talvez tenha sido melhor capturado, como observa Wolfgang Münchau, na hubris completa da historiadora Anne Applebaum ao ganhar um prêmio alemão de paz no ano ado. Durante o seu discurso de aceitação, ela afirmou que a vitória era mais importante do que a paz, declarando que o objetivo final do Ocidente deveria ser a mudança de regime na Rússia.

      Zelensky e seus fãs europeus querem "negociar" - mas mais tarde, não agora (talvez dentro de um ano, como um Ministro das Relações Exteriores europeu supostamente disse a Marco Rubio em particular).

      Trump não está jogando esses jogos europeus: ele está aplicando uma reprimenda a Zelensky e aos líderes europeus, talvez colocando Zelensky na linha; ou talvez não... Segundo a publicação Politico, a Equipe Trump agora está em contato direto com a oposição ucraniana para realizar eleições antecipadas e destituir Zelensky.

      Trump ordenou a suspensão do compartilhamento de inteligência com a Ucrânia. O impacto será imediato: a Ucrânia ficará às cegas. Nos postos de comando ucranianos, os rastreamentos de batalha e os feeds de satélite nas telas de tablets e TVs foram desconectados.

      O que a reprimenda de Trump fez foi furar a ficção de que a Ucrânia pode se defender apenas com apoio europeu. Isso sempre foi uma bravata sem sentido. A OTAN, a CIA e a Comunidade Global de Inteligência sempre estiveram no controle da guerra. E, por agora, isso foi desligado.

      Então, a Europa quer assumir o fardo dos EUA? A agência de notícias Bloomberg relata que os mercados de dívida europeus estão em colapso. Se a Europa pretende substituir os EUA, isso será extremamente caro, muito politicamente custoso e fracassará.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Cortes 247

      Relacionados