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      Arnóbio Rocha

      Advogado civilista, membro do Sindicato dos Advogados de SP, ex-vice-presidente da CDH da OAB-SP, autor do Blog arnobiorocha.com.br e do livro "Crise 2.0: A taxa de lucro reloaded".

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      A cruzada civilizatória do ministro Fernando Haddad

      "Há pouco espaço para erros: é repetir o que PT fez de melhor nos governos Lula e Dilma I: crescimento, renda, programas sociais e serviços básicos", diz Rocha

      Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias/MF)

      O ministro Fernando Haddad tem concedido entrevistas históricas neste mês, uma espécie de águas de março fechando o verão, o que é absolutamente fundamental para o Brasil, que ainda vive sob uma falsa polarização incentivada especialmente pela grande mídia, que acaba dando fôlego aos resquícios autoritários do bolsonarismo por uma razão simples: é a mesma mídia que dizia: “Tudo, menos o PT!”, que teve que engolir o PT e agora quer voltar ao velho macartismo e ódio ao PT.

      A presença do ministro Fernando Haddad em vários espaços falando sobre os excelentes resultados da economia, tirando o Brasil do inferno da estaginflação — o fenômeno de combinação de baixo crescimento (ou recessão) com inflação, maquiada com diminuição da quantidade de produto e preço “igual”, por exemplo, café solúvel com envelope de 40g, antes de 50g, ou o papel higiênico de 40m, hoje 30, 20m, mas com a ilusão de mesmo preço —, entre outras mágicas da safra Temer-Bolsonaro.

      O ministro Fernando Haddad esteve no podcast popular Flow e, além de uma bela aula, o fez de forma leve, descontraída, esclareceu pontos polêmicos — inclusive da questão do Pix, do dólar, sobre a vitória imensa da aprovação da reforma tributária — de forma didática, simples e direta, sem precisar usar de um tom professoral ou economês, o que foi uma grata surpresa.

      A recente ofensiva do governo Lula de comunicação e recuperação de imagem, especialmente porque o governo obteve grandes números positivos diante do caos que o Brasil viveu em dois governos terríveis — frutos do golpe, Temer-Bolsonaro —, fizeram o Brasil andar para trás: um retrocesso de 20 anos, volta ao mapa da fome, do desemprego e do desespero.

      A recuperação é notável, não apenas no PIB que “surpreende”, como no emprego, nas iniciativas econômicas, no controle da inflação, mas obviamente há pressões da sociedade, porque a economia estava mal e o cenário político, muito pior. Dentro dessa lógica, há poucos espaços para erros ou experimentações: é fazer o que de melhor os governos do PT tinham feito, nos governos Lula e Dilma I, que é a busca do crescimento e distribuição de renda, programas sociais fortes e investimento em saúde e educação.

      Os compromissos de campanha, como a questão da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000,00, são um enorme desafio num país extremamente injusto, em que quem ganha acima de 600 mil reais quase não paga imposto de renda, mas tem sua mídia para defendê-los. Foi simbólico o esforço dos “jornalistas” da CNN e da GloboNews tentando intimidar o ministro Haddad, que fez uma fala espetacular diante da bancada armada dos ultraliberais, contra a taxação dos milionários.

      A cruzada civilizatória a por essa visão correta, séria, calma e convincente que o ministro Haddad tem trazido ao debate, sem se deixar intimidar ou pressionar por jornalistas ideologicamente capturados e atendendo aos interesses de uma ínfima minoria. Como disse o ministro: 140 mil pessoas não podem impor-se frente a 220 milhões. A argumentação chula de uma jornalista chegou a afirmar que eles pagam impostos quando compram, consomem — como se os demais não pagassem —, fora que estes últimos ainda pagam IRPF; eles, não.

      É preciso que o campo progressista repercuta as ótimas entrevistas que o ministro Haddad tem feito, uma forma de qualificar o debate e sair dessa situação encalacrada em que o país se encontra.

      Parabéns, ministro Fernando Haddad!

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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