window.dataLayer = window.dataLayer || []; window.dataLayer.push({ 'event': 'author_view', 'author': 'José Reinaldo Carvalho', 'page_url': '/blog/a-ameacadora-marcha-do-imperialismo-ocidental-ao-acender-o-estopim-de-uma-guerra-contra-a-russia' });
TV 247 logo
      José Reinaldo Carvalho avatar

      José Reinaldo Carvalho

      Jornalista, editor internacional do Brasil 247 e da página Resistência: http://www.resistencia.cc

      454 artigos

      HOME > blog

      A ameaçadora marcha do imperialismo ocidental ao acender o estopim de uma guerra contra a Rússia

      O imperialismo ocidental não quer a paz, mas a rendição da Rússia, sua fragmentação, a pilhagem de seus recursos e o cerco da Eurásia, escreve José Reinaldo

      Vladimir Putin, guerra na Ucrânia, Planeta e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), liderada pelos EUA (Foto: Reuters)

      Nos últimos dias, o mundo assistiu, estarrecido, a uma escalada vertiginosa das tensões entre a OTAN e a Federação Russa. Os fatos falam por si. As declarações belicistas de altos representantes das potências ocidentais, o endurecimento das ações militares da Ucrânia e a sabotagem deliberada de qualquer tentativa real de negociação indicam que paira no ar mais do que uma simples deterioração diplomática — está em curso uma marcha insana para uma confrontação militar de grandes proporções. E se esse processo ultraar os limites críticos que já estão sendo testados, poderá levar o planeta a uma confrontação geral com consequências catastróficas.

      A primeira fagulha desse novo patamar de hostilidade veio diretamente de Londres. O secretário da Defesa do Reino Unido, John Healey, declarou abertamente que seu país se prepara para uma guerra com a Rússia. Não se trata de mera retórica de gabinete, mas de uma afirmação institucional de que a confrontação com Moscou já é uma variável contemplada, planejada e desejada pelo establishment militar britânico. O Reino Unido, braço estratégico do imperialismo norte-americano na Europa, age como batedor da OTAN, assumindo posições no confronto e incitando a beligerância como solução para os imes geopolíticos que o próprio Ocidente criou.

      Por sua vez, o novo chanceler alemão, Friedrich Merz, anunciou que continuará o processo de rearmamento da Alemanha e intensificará o envio de armamento letal à Ucrânia. A história não perdoará a reedição de uma Alemanha militarista a serviço do belicismo imperialista, desta vez voltada contra a Rússia. Merz assume a liderança de uma Alemanha que volta a trilhar o caminho da confrontação em vez da paz. 

      Já o ocupante da Casa Branca, que anunciou a mirabolante decisão de decretar em um dia, a paz entre russos e ucranianos, andou lançando farpas contra o chefe do Kremlin e agora se mostra desesperançado de alcançar algum acordo.  

      Enquanto isso, os diálogos em Istambul entre Rússia e Ucrânia não am até agora de encenação diplomática, com parcos resultados que não vão além da troca humanitária de prisioneiros. As conversas são puramente formais, esvaziadas de qualquer conteúdo concreto. A Ucrânia, teleguiada, age com total intransigência. Recusou, de forma liminar e peremptória, todas as cláusulas do memorando apresentado por Moscou, que buscava estabelecer bases para um cessar-fogo e a retomada de uma convivência razoável entre os dois países. Kiev não quer a paz. Kiev quer guerra — e por trás dessa postura está a determinação do imperialismo ocidental de usar o território ucraniano como campo de batalha contra a Rússia.

      Mas os sinais mais alarmantes vêm do campo militar. Nos últimos dias, a Ucrânia intensificou sua campanha de sabotagens e atentados dentro do território russo. Foram ataques terroristas contra a cidade de Bryansk, resultando em mortes e destruição, e novas ações criminosas contra a ponte da Crimeia, uma infraestrutura civil vital, que tem sido alvo recorrente da sanha ucraniana. Além disso, Kiev lançou ataques contra aeródromos em solo russo. A Ucrânia está operando como ponta de lança de uma estratégia provocativa cujo objetivo é forçar Moscou a reações mais duras — e, com isso, legitimar uma escalada da intervenção ocidental direta.

      Diante desse cenário, é impossível manter qualquer ilusão de que o conflito possa ser encerrado imediatamente. O imperialismo ocidental não quer a paz. Quer a rendição da Rússia, sua fragmentação interna, a pilhagem de seus recursos naturais e o cerco da Eurásia. A Ucrânia, longe de ser vítima, é cúmplice entusiasta dessa estratégia. O regime de Zelensky é um títere belicista, alimentado por bilhões de dólares em armamento, logística e propaganda, disposto a sacrificar seu povo em nome dos interesses geopolíticos da OTAN.

      É preciso dizer com todas as letras: o Ocidente imperialista está levando o mundo à beira do abismo. E os povos do mundo devem levantar-se contra essa marcha suicida. O direito da Rússia à segurança, à soberania e à integridade territorial deve ser reconhecido e respeitado. A Ucrânia deve cessar imediatamente suas ações terroristas e aceitar negociações reais, com base na lógica da coexistência e não da submissão.

      Em conversa com o presidente Lula nesta quinta-feira (5), o chefe de Estado da França disse que “a Rússia não quer a paz”. Seria mais honroso itir que a recusa à paz vem dos países imperialistas membros da Otan, entre os quais a França se coloca nas primeiras fileiras. 

      Mais do que nunca, é urgente uma mobilização mundial pela paz. O silêncio diante da escalada militar da Ucrânia, sob as ordens da OTAN, pode se tornar cumplicidade com um novo desastre global. A hora de agir é agora — antes que a lógica da guerra se imponha definitivamente, empurrando a humanidade para um confronto que ninguém poderá controlar.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Cortes 247

      Relacionados

      Carregando anúncios...
      Carregando anúncios...