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      Leonardo Attuch

      Leonardo Attuch é jornalista e editor-responsável pelo 247.

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      O Amapá também é Brasil, é um estado protegido e tem o direito de explorar suas riquezas

      Falta muito pouco para que o estado mais ecológico do País possa também ser um dos mais desenvolvidos

      Clécio Luís, governador do Amapá (Foto: Paulo Victor Lago)

      Finalmente houve um avanço no processo de licenciamento da Margem Equatorial. E esta é uma excelente notícia para a Petrobras, para o Brasil, mas sobretudo para o Amapá, que vive o paradoxo de ser um dos estados mais protegidos do País do ponto de vista ambiental, mas também um dos mais negligenciados em termos de desenvolvimento econômico.

      A aprovação do plano de proteção à fauna por parte do Ibama não representa apenas uma etapa técnica vencida. É a afirmação de que o Brasil pode, sim, combinar responsabilidade ambiental com soberania energética e justiça social. Trata-se de um o importante para a retomada da capacidade de investimento do Estado brasileiro na região amazônica, especialmente por meio de uma empresa pública como a Petrobras, que já demonstrou capacidade tecnológica de operar com excelência em ambientes de alta complexidade, como o pré-sal.

      Como afirmou recentemente o governador Clécio Luís durante um debate promovido pelo Brasil 247 e pela Agenda do Poder sobre a Margem Equatorial em Brasília, “o Amapá é o estado mais protegido do país e tem o direito de se desenvolver”. A frase resume o sentimento de milhares de amapaenses que convivem com a contradição de viver em um território rico em recursos naturais, mas carente de oportunidades concretas de emprego, infraestrutura e crescimento sustentável.

      O desenvolvimento da Margem Equatorial é visto por lideranças locais como um divisor de águas. “A Margem Equatorial é uma virada de chave em nossa economia”, declarou Clécio também numa feira de petróleo em Houston. De fato, a perspectiva de exploração de petróleo e gás na região pode atrair investimentos, ampliar a arrecadação estadual e melhorar indicadores sociais por meio da geração de empregos diretos e indiretos.

      O projeto também tem defensores importantes na esfera nacional. O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, destacou a capacidade da estatal em operar com rigor técnico e responsabilidade: “A Petrobras dará lições ao mundo na Margem Equatorial”, disse ele, no mesmo debate promovido em Brasília. Trata-se de uma confiança fundamentada na história da companhia, que já demonstrou excelência na exploração em águas profundas e ultraprofundas, com padrões ambientais reconhecidos internacionalmente.

      O presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, foi direto ao ponto: “O Brasil não pode abrir mão de explorar seus recursos naturais”. Em um mundo em que as grandes potências correm para garantir segurança energética, é estratégico que o Brasil utilize seus próprios ativos de forma soberana e equilibrada, sem abrir mão da proteção ambiental.

      Por fim, a frase do senador Randolfe Rodrigues, líder do governo Lula que há anos vocaliza o desejo legítimo do povo amapaense pelo progresso, ecoa como um grito de pertencimento e de justiça histórica: “O Amapá também é Brasil porque teimou em ser brasileiro”. O estado, que tantas vezes foi invisibilizado no debate nacional, agora exige lugar de protagonismo em uma agenda que pode mudar seu destino e contribuir para o fortalecimento da economia nacional.

      Explorar a Margem Equatorial de forma segura, com rigor ambiental e compromisso social, não é apenas possível — é necessário. O Amapá merece mais do que proteção; merece prosperidade. E o Brasil precisa encarar isso como um dever de soberania e de justiça com um povo muitas vezes esquecido.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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