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      Movimentos sociais ligados ao governo Arce criticam mobilizações pró-Evo Morales

      Prossegue a disputa entre partidários de Luís Arce e Evo Morales

      Evo Morales e Luis Arce (Foto: Reprodução/Twitter)
      José Reinaldo avatar
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      247 - O Pacto de Unidade, articulação que reúne organizações sociais bolivianas, declarou nesta segunda-feira (2) seu apoio às eleições gerais previstas para 17 de agosto e reafirmou seu respaldo ao governo do presidente Luis Arce. Em contrapartida, o grupo condenou as recentes mobilizações e bloqueios promovidos por setores ligados ao ex-presidente Evo Morales.

      Vidal Gómez, porta-voz do Pacto, acusou Morales de fomentar “luto e dor” com os protestos, e de tentar precipitar o fim do mandato de Arce. “Como organizações sociais, protegeremos o governo nacional e as eleições gerais”, afirmou Gómez, defendendo o calendário eleitoral como expressão legítima da vontade popular.

      Divisões no campo popular

      As tensões entre alas do Movimento ao Socialismo (MAS) voltaram à tona com as marchas organizadas por apoiadores de Evo Morales, que buscam garantir sua participação nas eleições. O Comitê Multissetorial também anunciou mobilizações paralelas, ampliando o clima de polarização interna.

      O vice-ministro da Defesa do Usuário e do Consumidor, Jorge Silva, classificou as manifestações como “perversas”, acusando seus organizadores de tentar desestabilizar o governo e prejudicar as famílias bolivianas ao afetar a economia com bloqueios.

      Evo defende protestos pacíficos

      Por sua vez, Evo Morales reiterou que a mobilização de seus apoiadores é legítima e visa “a participação democrática do povo e o respeito à sua vontade”. Em declaração pública, o ex-presidente pediu que os protestos sejam pacíficos e baseados em princípios, e exortou seus seguidores a não darem margem à criminalização.

      “Lutamos com dignidade, disciplina e coração limpo, como sempre fez o povo boliviano na defesa do que é justo”, declarou Morales, reconhecendo a dor daqueles que hoje enfrentam perseguições judiciais e repressão.

      Conflito na esquerda 

      O embate entre o setor leal a Luis Arce e os seguidores de Evo Morales reflete uma crise de representatividade e liderança dentro do MAS, partido que governa a Bolívia desde 2006 com forte base nos movimentos sociais. A disputa gira em torno da candidatura presidencial de 2025, em que Evo insiste em disputar, enquanto setores do partido e das organizações aliadas se opõem ao retorno de Evo. 

      A insistência de Morales em liderar o processo político e a resposta institucional do governo revelam uma tensão entre as duas lideranças: a do ex-presidente que simbolizou o ciclo progressista boliviano e a do atual mandatário que busca consolidar seu próprio projeto.

      Com as eleições marcadas para agosto, cresce o risco de fragmentação no campo popular e de enfraquecimento do processo democrático boliviano, caso não haja mediação política e respeito mútuo entre as partes envolvidas.

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