Mesmo com leve alta nos preços, ministro argentino garante que desinflação persiste

C5N - O ministro da Economia, Luis Caputo, analisou o dado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de dezembro, que registrou 2,7%, acumulando 117% em 2024.

Caputo garantiu que está confirmada "a continuidade do processo de desinflação" em postagem na rede X nesta terça-feira (14). Ele atribuiu a leve alta ao fato de dezembro apresentar uma "sazonalidade positiva ligada às festas e ao início do período de férias de verão" e destacou que este é o oitavo mês consecutivo de desaceleração na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Em sua conta no X, o ministro publicou:

"O IPC Nacional registrou uma variação de 2,7% em dezembro, confirmando a continuidade do processo de desinflação. Isso ocorre em um mês com sazonalidade positiva, relacionada às festas e ao início do período de férias de verão, em um contexto de forte recuperação da atividade econômica e dos rendimentos reais da população."

Ele também detalhou: "O Estimador Mensal da Atividade Econômica (EMAE) acumulou um crescimento de 2,3% entre dezembro de 2023 e outubro de 2024, enquanto os salários do setor privado formal (SIPA), as aposentadorias e a Asignación Universal por Hijo (AUH) tiveram aumentos reais de 15,4%, 12,8% e 107,4%, respectivamente, nos primeiros onze meses do ano."

Caputo refletiu sobre os novos índices do governo: "Diferente de outras ocasiões, o crescimento da renda real da população e do crédito ao setor privado ocorre como consequência, e não em detrimento, do equilíbrio macroeconômico. A continuidade da desinflação e a devolução ao setor privado de recursos que, até 2023, eram destinados a financiar o setor público permitem que essa expansão seja genuína e sustentável."

Sobre o acumulado do ano, ele destacou: "A variação interanual do IPC Nacional foi de 117,8%, sendo o oitavo mês consecutivo de desaceleração em relação ao mesmo mês do ano anterior, contrastando com a inflação de 211,4% registrada em 2023. Vale ressaltar que a inflação anunciada hoje é a menor para um mês de dezembro desde 2018."

Por fim, Caputo reforçou o compromisso de reduzir a inflação, uma das principais promessas do presidente Javier Milei: "A continuidade do processo de desinflação também pode ser observada na análise das médias móveis da variação do IPC, que permite identificar tendências além da volatilidade de curto prazo. Nesse sentido, a média móvel de 3 meses foi de 2,6% ao mês (-0,3 p.p. em relação a novembro de 2024), o menor índice desde setembro de 2020."