Maduro promete diálogo com eleitos ‘independente de quem sejam’
Presidente da Venezuela critica Guiana, promete investimentos no território disputado e anuncia proposta de reforma no sistema eleitoral
247 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e a primeira-dama, Cilia Flores, votaram neste domingo (25) na Escola Ecológica Simón Rodríguez, em Caracas, durante as eleições gerais e legislativas do país. As declarações do líder chavista foram publicadas pela imprensa local e destacaram a inclusão do Essequibo — território em disputa com a Guiana — no processo eleitoral, elegendo governadores e legisladores pela primeira vez. As informações são do Opera Mundi.
“É o exercício da soberania real”, afirmou Maduro, referindo-se à votação no Essequibo, que foi declarado o 25º estado da Venezuela. Ele definiu o processo como “o nascimento da soberania venezuelana da terra de Simón Bolívar”.
Durante seu pronunciamento, o presidente também fez críticas contundentes à Guiana. “Ocupante ilegal”, disse, ao caracterizar o país vizinho, acrescentando que se trata de uma “herdeira do colonialismo britânico”. Maduro ainda prometeu que seu governo destinará recursos para o desenvolvimento do Essequibo.
O presidente aproveitou o momento para anunciar que pretende entregar à nova Assembleia Nacional, em janeiro de 2026, um projeto de reforma constitucional com foco na modernização do sistema eleitoral venezuelano. A proposta será construída por meio de consultas e diálogos amplos, segundo ele.
“O país precisa atualizar suas leis eleitorais de acordo com sua estrutura política”, afirmou. Entre os pontos centrais da reforma, destacou a criação de um sistema baseado em “circuitos comunais”, voltado para ampliar os mecanismos de participação popular.
Maduro também elogiou a condução pacífica do pleito. As eleições envolveram mais de 21 milhões de eleitores no país, incluindo 200 mil estrangeiros residentes. O presidente destacou a mobilização de comunidades indígenas, que, segundo ele, participaram ativamente mesmo sob condições climáticas adversas.
“Conseguimos derrotar a violência que os terroristas prepararam para o país, nós os derrotamos novamente, os violentos, os fascistas”, afirmou Maduro, sugerindo que grupos extremistas planejavam atentados para desestabilizar a votação.
Por fim, o presidente sinalizou disposição para o diálogo com os eleitos, mesmo os opositores: “A todos os eleitos, independentemente de quem sejam, a partir de agora meu respeito e meu reconhecimento. Estendo minha mão para trabalhar com todos os que são eleitos governadores do país nos 24 estados”.
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