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      Claudia Sheinbaum rechaça ingerência dos EUA e defende soberania do México

      A posição firme de Sheinbaum reflete um crescente sentimento de independência na política mexicana

      Claudia Sheinbaum (Foto: Reuters/Henry Romero)

      247 - Em um discurso firme e carregado de significado histórico, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, denunciou nesta quarta-feira (5) as ameaças à soberania nacional e condenou com veemência o "espírito intervencionista" que, segundo ela, os EUA tentam impor sobre o país. A declaração ocorre em meio às tensões crescentes com os Estados Unidos, impulsionadas pela postura agressiva do governo de Donald Trump.

      Durante a cerimônia em Querétaro, alusiva à promulgação da Constituição mexicana de 1917, Sheinbaum fez questão de evocar a luta histórica do povo mexicano contra a domínio estrangeiro, relata a AFP. A presidente deixou claro seu repúdio a qualquer tentativa de ingerência.

      "Nestes tempos em que aparecem ameaças à nossa soberania nacional, em que o espírito intervencionista se aproxima das portas de nossa pátria, é momento de lembrar a história e nossa grandeza", afirmou, ressaltando a necessidade de resistência e autodeterminação.

      As palavras de Sheinbaum vêm em um contexto de pressão econômica e diplomática por parte de Washington. O governo dos Estados Unidos tem tentado impor tarifas de 25% sobre produtos mexicanos, justificando a medida como parte de sua estratégia para conter o tráfico de fentanil e a imigração irregular. Graças às negociações do governo mexicano, Trump adiou temporariamente a imposição dessas tarifas, mas manteve a pressão para que o México aumente o controle sobre sua fronteira norte.

      Contudo, Sheinbaum deixou claro que o México não aceitará chantagens. "Não somos colônia de ninguém, nem protegidos de ninguém. Poderão nos ameaçar com qualquer abuso, mas jamais permitiremos que violem nossa soberania e pisoteiem a dignidade do nosso povo", disse, em um discurso que arrancou aplausos da multidão presente.

      Trump também pressiona para que o México envie 10 mil militares à fronteira como parte de um acordo para evitar as tarifas. Contudo, Sheinbaum reiterou que seu governo está disposto a cooperar apenas dentro dos limites da soberania nacional, sem ceder a imposições externas.

      "Que se ouça forte e longe: qualquer intenção de afetar nosso direito de ser um povo livre, um país independente, uma nação soberana, encontrará um povo valente que sabe lutar para defender seus direitos e sua pátria", enfatizou.

      O governo mexicano segue em negociações com Washington para barrar as tarifas e manter um diálogo diplomático. Ainda assim, Sheinbaum deixou claro que a dignidade nacional não será negociada. "Confiamos que vamos ter um bom acordo com os Estados Unidos e que o tema das tarifas ficará, como eu disse ao presidente Trump, pausado permanentemente", declarou em sua coletiva de imprensa.

      A posição firme de Sheinbaum reflete um crescente sentimento anti-imperialista na política mexicana, fortalecendo a visão de que o México deve trilhar um caminho soberano, independente das pressões de potências estrangeiras.

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