Gripe aviária: Fávaro diz que governo negocia redução de restrições ao frango brasileiro com países importadores
“Dos 160 mercados abertos para carne de frango do Brasil, 128 continuam abertos sem nenhuma restrição", disse o ministro
247 - O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, declarou que o governo federal já iniciou tratativas com países importadores para reduzir os efeitos das restrições impostas ao frango brasileiro após a confirmação de um foco de gripe aviária em uma granja comercial de Montenegro, no Rio Grande do Sul.
“Começamos o diálogo para diminuir as restrições às exportações do frango brasileiro. Quando completarmos o vazio sanitário de 28 dias, o foco total será na liberação dos embargos ao frango”, afirmou o ministro durante audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (28), de acordo com o Estadão Conteúdo.
A reportagem destaca que as negociações com os países afetados pelas medidas de suspensão temporária já estão em andamento. A intenção do governo brasileiro é mitigar os prejuízos causados ao setor avícola nacional, diante do impacto comercial gerado pela detecção do vírus em plantel comercial — o primeiro registro do tipo no Brasil.
Atualmente, segundo dados detalhados por Fávaro, as exportações de carne de frango estão completamente suspensas para 24 mercados. Outros 13 destinos mantêm o bloqueio apenas para produtos oriundos do Rio Grande do Sul, e há ainda países que estabeleceram restrições para uma área de 10 quilômetros a partir da granja onde a doença foi identificada.
Essas medidas seguem o protocolo sanitário firmado entre o Brasil e os países importadores, que prevê suspensões temporárias e cautelares em casos de detecção do vírus, seja em todo o território nacional, por estado ou em zonas específicas.
Apesar das dificuldades, o ministro enfatizou que o efeito das suspensões tem sido contido. “Dos 160 mercados abertos para carne de frango do Brasil, 128 continuam abertos sem nenhuma restrição à carne de frango brasileiro”, explicou. Ele ponderou, no entanto, que as restrições ainda preocupam. “Há impacto limitado no setor. Não gostaríamos que houvesse tantas restrições”, declarou.
Fávaro também sinalizou a intenção do governo de continuar revendo os protocolos sanitários internacionais com o objetivo de consolidar o princípio da regionalização, o que permitiria isolar focos e evitar suspensões generalizadas. “Há uma revisão constante dos protocolos para buscar a regionalização”, concluiu.
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