Brasil negocia com China e Índia para ampliar exportações agropecuárias
As vendas brasileiras estão aumentando “de forma natural” após a guerra comercial iniciada pelos EUA, diz Carlos Fávaro
247 - O Brasil está em tratativas com China e Índia para estabelecer novos protocolos de mercado que possibilitem a ampliação do comércio agropecuário. As conversas, que envolvem também outros países parceiros, como Rússia, Irã e Emirados Árabes Unidos, acontecem em Brasília e refletem a tentativa brasileira de se posicionar estrategicamente em meio à guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As informações são da CNN Brasil.
Os encontros ganham relevância extra por antecederem a próxima cúpula do Brics, marcada para julho. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, lidera as articulações e já manteve reuniões bilaterais com representantes de vários governos nas últimas semanas. Segundo ele, o momento representa uma janela de oportunidade.
“Não deixa de estar presente a pauta de ampliação de mercado e superar os desafios do momento tarifário dos Estados Unidos. E estamos tratando isso como oportunidade”, afirmou.
Um dos principais avanços esperados envolve a visita oficial ao Brasil de representantes do GACC, o departamento alfandegário da China responsável por estabelecer regras de importação. A chegada da comitiva chinesa está prevista para a próxima terça-feira (22), e a expectativa é de que sejam fechados novos entendimentos para acelerar processos de liberação de produtos agropecuários brasileiros.
Enquanto o clima entre Pequim e Washington se deteriora, a China intensificou suas compras de soja do Brasil, sinalizando uma possível reconfiguração no comércio global do grão. Somente na última semana, o país asiático adquiriu aproximadamente 2,4 milhões de toneladas da commodity brasileira, que já representa 75% das exportações nacionais de soja. “Está aumentando [a venda] de forma natural”, comentou Fávaro.
A soja, inclusive, é o principal produto agrícola exportado pelos Estados Unidos para a China, o que acende o alerta no setor agroamericano diante da perda de espaço no mercado asiático.
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